sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Menção Honrosa

Na era das youtubers, voltei a ser blogueira ...

Sim. Vou reativar o blog. 
Faz certo tempo que venho pensando a respeito e considerei válido.
Se, afinal, algo compartilhado aqui for bom de alguma forma para mais alguém, já terá valido a pena.

Então, depois de quase quatro anos no limbo, cá estamos!

Dito isso, vamos lá.

Conforme fui amadurecendo a ideia de retomar as postagens por aqui, me lembrei de uma antiga postagem em específico, da qual tenho uma boa história pra contar. 

Há exatos 5 anos atrás (12/01/2012, http://noblogdaval.blogspot.com.br/2012/01/hoje-quando-sai-do-trabalho-na-hora-do.html) eu escrevi a respeito de receber flores. 
Muito sutilmente comentei o fato de que nunca havia recebido flores, sem querer chamar a atenção para isso. Não era este o foco.
No entanto, um conhecido que, à época morava na Índia, era missionário lá, leu este texto e me questionou a veracidade desta pequena e deslocada informação. De posse da certeza de que era real, o assunto não esteve novamente em pauta.
Ocorre que, no meu aniversário daquele ano, qual não foi minha surpresa ao receber, no meu trabalho, um buquê de rosas vermelhas, uma caixa de trufas e um bilhete denunciando o autor da bravura: o rapaz, a 14.774 km de distância (informação precisa extraída do Google)!

Minha vez de questioná-lo. 

A resposta dele foi de que sim, ele havia me enviado as flores pois eu nunca havia recebido. Simples assim. Sem interesses ou intenções.
Eu não soube muito bem como lidar com este fato. Confesso que, por um tempo, pensei ter, de certa forma, maculado o meu primeiro "recebimento de flores". Porém, não mais. 

Mesmo com parcos recursos (tanto financeiros como de logística), a 14.774 km de distância, ele encontrou na internet o contato de uma floricultura de uma pequena cidade do interior do Rio Grande do Sul, que - é bom frisar - não tem o hábito de ser "on line", encomendou as flores E os chocolates, orientou o que deveria conter no cartão e, voilá, flores transatlânticamente internacionais entregues a uma pasma aniversariante de 27 anos!

Assim, fica aqui uma Menção Honrosa a você, bravo(a), que assim como este rapaz, expande os limites do seu alcance, do que te é possível, fazendo com que coisas simples tenham um toque de extraordinário!

Como eu disse no post que citei acima: Se alguém lhe faz bem a ponto de lhe pôr um sorriso nos lábios, ou se alguém melhora o seu dia de alguma forma, então, essa pessoa não merece uma flor?

Algumas pessoas merecem mesmo, é um jardim, daqueles com chafariz e tudo, mas é tão simples, uma flor ... Efêmera, como diria Shakespeare, mas ainda assim uma flor.

Não é a flor em si, na verdade, é o que ela representa. É uma forma de dizer ‘obrigada’.

Obrigada por tudo e por nada. Por existir, por estar ali, por fazer sorrir, por fazer falta, por que te traz boas lembranças. Só.

“Ah, isso é muito piegas!” – bom, então, eu sou piegas. A diferença, é que gosto de ser, e assumo isso. Todos gostam de receber carinho de uma forma ou outra, mas, por ser 'muito piegas', poucos fazem ... "É ridículo - ficar falando disso - ele(a) já sabe!" Ridículo é colocar uma linda flor sobre uma gélida lápide, e ter que deixá-la perder o viço sem ver a reação de quem a recebeu.

Mas, se alguém, por algum motivo, qualquer que seja, merecer uma flor, faça sua parte. Dê.


Quem a merece, pode já ter lhe dado os jardins suspensos da Babilônia sem que você tenha percebido...